A Secretaria da Saúde do Espírito Santo (Sesa) confirmou o primeiro óbito por dengue neste ano. A vítima é um homem de 69 anos, morador de Anchieta, que faleceu no dia 19 de abril. Ele tinha comorbidades, como diabetes, e havia viajado recentemente ao Rio de Janeiro, onde possivelmente contraiu a doença.
Segundo a Sesa, o paciente apresentou sintomas clássicos da dengue — febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos e náuseas — logo após retornar da viagem. Após quatro dias, o quadro se agravou, com dores abdominais e desconforto respiratório, levando ao óbito.
O caso foi confirmado por exame de biologia molecular (RT-PCR), realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES), que identificou o sorotipo DENV-2 do vírus.
Mesmo com a queda nas temperaturas, o subsecretário de Estado da Saúde, Orlei Cardoso, reforçou a importância de manter os cuidados contra o mosquito transmissor. “Não podemos abaixar a guarda em relação ao Aedes aegypti”, alertou.
Nos últimos 30 dias, o Estado registrou 6.515 notificações de dengue, com 1.818 casos confirmados e 38 classificados como graves ou com sinais de alarme. Desde o início do ano, foram 60.792 notificações e 17.698 casos confirmados, com 354 casos graves. A taxa de letalidade da doença no Espírito Santo é de 0,29%.
Confirmação de primeiro óbito por Oropouche em 2025
A Sesa também confirmou nesta segunda-feira (19) a primeira morte por Oropouche em 2025, a segunda registrada no Estado desde o surgimento da doença em 2024. A vítima é um homem de 52 anos, com histórico de hipertensão e cardiopatia, morador de Colatina. O óbito ocorreu em janeiro, e a infecção foi confirmada por exame laboratorial.
De acordo com a Secretaria, os casos suspeitos passam por análises rigorosas para garantir a precisão do diagnóstico. Em 2025, o Estado já soma 6.524 casos confirmados de Oropouche, com taxa de letalidade de 0,01%.
Ações de prevenção continuam
A Secretaria da Saúde segue reforçando medidas de prevenção contra as arboviroses. Entre as ações estão campanhas educativas, como a Semana de Mobilização contra a Dengue, realizada em abril, e a capacitação de cerca de dois mil profissionais da saúde em todo o Estado.
A Sesa também alerta para a importância de eliminar focos do mosquito, como recipientes com água parada, e manter caixas d’água bem vedadas. Em casos de sintomas como febre, dor no corpo, náuseas, vômitos ou manchas na pele, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde.
A qualificação dos profissionais da rede pública tem sido apontada como essencial para o diagnóstico precoce e o atendimento eficaz dos casos. Segundo o Núcleo Especial de Vigilância Epidemiológica da Sesa, essas ações contribuíram para reduzir os casos graves e a mortalidade por dengue no Estado.